Este artigo analisa o
processo de globalização da capoeira no contexto da reestruturação produtiva do
capitalismo. O campo empírico das investigações concentrou-se em experiências
com capoeira em seis países da Europa (Portugal, Itália, Espanha, Inglaterra,
Polônia e Noruega). A investigação se materializou a partir de um estágio de
doutoramento, realizado entre 05 de abril e 31 de agosto de 2003, no Instituto
de Ciências Sociais (ICS), da Universidade de Lisboa.
Ao longo dos últimos anos, a capoeira vem se inserindo vertiginosamente nos mais diferentes espaços institucionais das médias e grandes cidades do Brasil e em vários países do exterior, consolidando um avanço histórico controvertido. Se, por um lado, à época da escravidão, era associada às lutas de negros escravizados em busca da liberdade, por outro, atualmente, ela tem sido vinculada majoritariamente à lógica do mercado.
O desenvolvimento da capoeira apresenta contradições importantes que se expressam pela visível expansão e deslocamentos que ela vem operando no contexto nacional e internacional. Nos últimos anos, constatamos a saída de expressivo número de capoeiras para o exterior em busca de melhores condições de sobrevivência que, além de contribuírem, efetivamente, com o seu processo de expansão no mundo, influenciam também na inversão dos fluxos migratórios. No exterior propagam apaixonantes discursos que realçam a capoeira à condição de prática “exótica”, “tropical”, “brasileiríssima”.
Ao longo dos últimos anos, a capoeira vem se inserindo vertiginosamente nos mais diferentes espaços institucionais das médias e grandes cidades do Brasil e em vários países do exterior, consolidando um avanço histórico controvertido. Se, por um lado, à época da escravidão, era associada às lutas de negros escravizados em busca da liberdade, por outro, atualmente, ela tem sido vinculada majoritariamente à lógica do mercado.
O desenvolvimento da capoeira apresenta contradições importantes que se expressam pela visível expansão e deslocamentos que ela vem operando no contexto nacional e internacional. Nos últimos anos, constatamos a saída de expressivo número de capoeiras para o exterior em busca de melhores condições de sobrevivência que, além de contribuírem, efetivamente, com o seu processo de expansão no mundo, influenciam também na inversão dos fluxos migratórios. No exterior propagam apaixonantes discursos que realçam a capoeira à condição de prática “exótica”, “tropical”, “brasileiríssima”.
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