domingo, 3 de fevereiro de 2013

Mestres de capoeira


Antônio Carlos Moraes - Mestre Caiçara. Uma das lendas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção. Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção.
Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda. Faleceu em 26 de agosto de 1997.

João Oliveira dos Santos - Mestre João Grande, Phd Honóris Causa da Universidade de UPSALA. Um dos principais díscipulos do mestre Pastinha sendo seu Contra-Mestre. Por mais de 40 anos o Mestre João Grande tem praticado e ensinado Capoeira Angola. Ele viajou para África, Europa e América do Norte, onde ensina atualmente, em sua academia na cidade de New York. De lá ele continua mantendo o intercâmbio com a Bahia e acompanhando a movimentação da Associação Brasileira de Capoeira Angola.
Jorge Luiz Dias de Lima, mais conhecido como Mestre DiMola, começou a Capoeira em 1979, com o grupo Senzala sob Mestre Camisa (dentre os Capoeiristas mais finos, mais influentes e mais conhecidos na história recente) no Rio de Janeiro. Depois de alguns anos, Mestre Camisa decidiu formar seu próprio grupo e criou o grupo Abada. Mestre DiMola seguiu o Mestre Camisa a esse novo grupo.
Em 26 de agosto de 1995 Mestre Di Mola formou-se a um mestre completo, "dando a corda vermelha pelas mãos de seu mestre, Mestre Camisa e Mestre Camisa Roxa (irmão de Mestre Camisa)". Após mais de 20 anos ao lado de Mestre Camisa, Mestre DiMola decidiu deixar o grupo Abada e criar seu próprio grupo. Em homenagem ao Rio de Janeiro, o grupo foi batizado com o nome de Guanabara. Guanabara foi o nome original do Rio de Janeiro.

Intenção de mestre DiMola era criar um pequeno, mas o grupo de alta qualidade com uma filosofia de seres humanos, o respeito e respeitar e preservar as famílias. Graças ao seu grande empenho e lealdade a Capoeira, o grupo Guanabara cresceu muito. Mestre Preguiça e Mestre DiMola combinado seus esforços e energias para unificar os grupos de Capoeira independentes. Como resultado, Omulu Guanabara Capoeira nasceu.

A vida de  mestre Waldemar como capoeirista e mestre de capoeira começa na década de 1940, onde ele implanta um barracão na invasão do Corta-Braço, futuro bairro da Liberdade, onde joga-se capoeira todos os domingos, também ensinando na rampa do mercado na cidade baixa. Praticava uma diversidade de capoeira, dos mais lentos aos mais combativos, com afirmada preferência para os mais lentos[1].
Durante a década de 1950, a capoeira dele na Liberdade atrai acadêmicos, artistas e jornalistas. Os etnólogos Anthony Leeds em 1950 e Simone Dreyfus em 1955 gravam o som dos berimbaus. O escultor Mário Cravo e o pintor Carybé, também capoeiristas, freqüentam o barracão. Mais tarde, a maior parte dos renomados capoeiristas afirmam ter grande influência na capoeira de Waldemar, na de Mestre Cobrinha Verde do bairro de Nordeste de Amaralina até na de Mestre Bimba.
De acordo com Albano Marinho de Oliveira (1956), o grupo da Liberdade começou a cantar longos solos antes do jogo (hoje chamados ladainhas). O próprio Waldemar reivindicou, em depoimento a Kay Shaffer, ter inventado de pintar o berimbau. A fabricação e venda para os turistas de berimbau foi uma fonte de renda para mestre Waldemar.
Waldemar, como bom capoeirista, andou na sombra. Ficou discreto sobre suas atividades e breve em sua fala. Mal existem fotos dele antes de velho. Não procurou a fama e, apesar de seu notado talento de cantor e de tocador de berimbau, não integrou muito o mercado de espetáculo turístico. Também, a música que se escuta nas gravações de 1950 e 1955 é coletiva, sempre tendo, ao menos, um dialogo de dois berimbaus.
Velho e impossibilitado de jogar capoeira e de tocar berimbau pela doença de Parkinson, Waldemar ainda aproveitou um pouco do movimento de resgate das tradições dos anos 1980, cantando em diversas ocasiões e gravando CD com Mestre Canjiquinha.
Na Bahia existem um bairro e uma rua que recebem seu nome.

 João Pereira dos Santos(João pequeno) aluno de mestre Gilvenson e depois discípulo de Mestre Pastinha, de quem se tornou continuador. Integrou em 1966 a delegação brasileira no Premier Festival des Arts Nègres, em Dakar (Senegal).Hoje, aos 80 anos, ainda mantém Academia de Capoeira, no Forte Santo Antônio (centro histórico de Salvador). Em 1970, Mestre Pastinha assim se manifestou sobre ele e seu companheiro João Grande: "Eles serão os grandes capoeiras do futuro e para isso trabalhei e lutei com eles e por eles. Serão mestres mesmo, não professores de improviso, como existem por aí e que só servem para destruir nossa tradição que é tão bela. A esses rapazes ensinei tudo o que sei, até mesmo o pulo do gato

Norival Moreira de Oliveira nasceu em Coroa, Itaparica, Salvador, Bahia, Brasil, no 22 Junho de 1945. Aos 7 anos, a família se transferiu para Massaranduba, bairro popular da cidade baixa de Salvador não muito longe da igreja do Bonfim.
Os irmãos Nilton e Cutica, temidos capoeiristas de rua, foram os seus primeiros mestres, no bairro. Levavam o menino para as rodas de rua dos mestres velhos Pirró e Zeca. Nessas rodas só entrava quem fosse bom.
No decorrer do tempo, o jovem Nô pôde jogar e até começou a ensinar. Uma pessoa de boas ligações social, Tolentino Nicolau dos Santos, mais conhecido como Tutú, propiciou a estabilização do grupo numa academia. Mestre Nô fundou a academias Retintos, depois Orixas da Bahia, ainda existante sob a direção do mestre Dinelson. Em 1980, depois de ter-se mudado para a Boca do Rio, fundou a academia Palmares.
Ele tem ensinado para milhares de capoeiristas. É presidente fundador da Associação Brasileira Cultural de Capoeira Palmares. Hoje, Mestre No mora com a esposa, os filhos e netos no bairro da Boca do Rio, Salvador. Ensina em Pituba e, alguns meses cada ano, em Nova Iorque. É chamado pelos alunos no Brasil e no mundo para participar em eventos, promover capoeira e dar orientação.
Roberto Teles de Oliveira, Mestre Sombra, nasceu no 6 de fevereiro de 1942 em Santa Rosa de Lima (Sergipe), numa família de pequenos comerciantes.
Trabalhou na construção em Aracaju. Em 1962, mudou-se para Santos, SP. Fiz diversos tipos de serviços. Em 1963 entrou no grupo de capoeira Bahia do Berimbau, do Mestre Olímpio Bispo dos Santos, baiano de uns 60 anos, aposentado do sindicato dos ensacadores. Em 1968, começou a trabalhar nas Docas de Santos. O grupo jogava a capoeira em Itapema (hoje Vicente de Carvalho); mudou-se, com bastante dificuldades, para Santos, depois da morte do mestre em 1972, época em que o agora mestre Sombra passou a assumir o cargo na associação de capoeira então chamada Zumbi.
Em 1974, a associação registou-se na Federação Paulista de capoeira, mudando o nome para Senzala. Em 1975, conseguiu o salão onde até hoje se encontra, na rua Bras Cubas, n. 227. A academia de capoeira Senzala tem formado várias gerações de professores e mestres, sendo a obra de Mestre Sombra conhecida e reconhecida em Santos e na baixada santista tanto através dos inúmeros eventos e apresentações em que a Senzala tem participado e organizado que graças ás academias abertas por formados do mestre. Mestre Sombra tem sido coordenador do Conselho da Comunidade Negra de Santos.
Em 1993, se aposentou das Docas, abrindo um comércio de modas e roupa de capoeira, o Bazar Senzala, em Santos. Em muitas ocasiões está chamado para viajar para o Brasil, a Europa e a América, afim de dar força e apoio aos seus ex-alunos no ensino da capoeira.
Falou mestre Sombra...
Mestre Sombra gosta de falar aquelas frases que vocé vem relembrando, sem saber se vocé entendeu mesmo o que quer dizer, frases de poeta para homem pensar:

Nenhum comentário:

Postar um comentário